Avaliação da eficácia do curso de formação de facilitadores de Ergonomia em empresa de energia: respostas dos egressos como ferramenta auxiliar para análise ergonômica do trabalho.

 

A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia do Programa de Formação de Facilitadores em Ergonomia, oferecido aos empregados e trabalhadores terceirizados de uma empresa de energia. Trata-se de programa de educação corporativa, elaborado com base em atuais políticas de formação sócio-profissional, para atender ao padrão de organização de trabalho da empresa, e tem suas origens no desdobramento de um estudo e diagnóstico ergonômico concluído em 2004. Como participantes da pesquisa, foram envolvidos 19 egressos do Curso de Facilitadores, o que corresponde a aproximadamente, 27,9% do universo total de 68 alunos que freqüentaram as aulas ministradas. A pesquisa tomou por base os dados de avaliação dos egressos do Curso de Facilitadores com a finalidade de promover a valorização e o aprimoramento de programas direcionados para a formação de pessoas em SMS (segurança, meio-ambiente e saúde), extraindo deles recomendações para o aperfeiçoamento de cursos, para o desenvolvimento de pessoas com base na educação corporativa e para a humanização sistemática de postos de trabalho. Assim, a inserção da atividade finalística da empresa alvo da pesquisa no cenário globalizado da economia, a qualificação dos trabalhadores objeto deste estudo e o impacto de um programa de formação para Facilitadores em Ergonomia são os focos de reflexão desta pesquisa.Para uma compreensão mais acurada da importância da formação do cidadão-trabalhador, faz-se necessário realçar aspectos da atual conjuntura econômica e social brasileira. Os efeitos sociais da globalização econômica agravados pela complexidade da nossa legislação trabalhista induziram as empresas [do setor industrial] a estrategicamente se concentrarem em suas atividades-fim, optando por alternativas de gestão da mão-de-obra especializada ou pela transferência de parte de sua produção para terceiros, a fim de reduzirem custos, administrarem melhor a produção e continuarem competitivas. As empresas do ramo de energia, especificamente, enfrentam o desafio de balancear o crescimento de suas atividades, com a necessária adequação da mão-de-obra, face ao crescimento de seus negócios, à introdução de novas tecnologias nos processos produtivos e ao desenvolvimento de projetos em SMS. A avaliação da eficácia do Programa de Formação de Facilitadores em Ergonomia, aqui proposta, teve como objetivo reorientar o processo de desenvolvimento de pessoas na área, além de oferecer subsídios para a AET (Análise Ergonômica do Trabalho). Espera-se que os resultados alcançados nessa experiência possam impactar a organização alvo da pesquisa, no sentido de promover estudos sobre a correlação entre as competências adquiridas pelos trabalhadores e as demandas do ambiente de trabalho. Espera-se ainda que tais resultados possam servir à identificação de elementos necessários a reformulação ou revitalização de ações pedagógicas e ao monitoramento de programas de igual magnitude.

Autora: Iara Nassaralla, M.Sc.

 

   
   
   

 

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